Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

sábado, junho 18, 2011

Por uma cidadania activa




Agora que Portugal tem um novo governo impõe-se, mais do que nunca, uma verdadeira cidadania activa. E tem um novo governo composto por algumas personalidades já conhecidas da vida pública e política nacional mas também outras que não são nem nunca foram da esfera política. Serão certamente pessoas que irão neste momento colocar o seu trabalho, o seu tempo, a sua força, energia, competências e motivação ao serviço do país. E o país terá, nestes casos, que lhes ficar grato. São certamente personalidades que pretendem fazer e dar o seu melhor e que merecem, por isso, o respeito dos cidadãos, mas ao mesmo tempo sujeitando-se ao seu crivo e à sua avaliação e crítica.



Assim como temos um novo governo, de uma quase nova geração, Portugal terá necessidade também de uma nova cidadania e de uma nova atitude cívica. Em primeiro lugar cumpre-nos a nós, cidadãos, acompanhá-lo, observá-lo, ajudá-lo a tomar decisões, a apresentar-lhe ideias, sugestões e opiniões nos canais próprios, sobre o rumo a seguir. Importa por isso auditá-lo e depois avaliá-lo. Com sentido crítico e de responsabilidade, de forma séria mas empenhada. E empenhados em participar activamente nos destinos do país.



É por isso que importa agora, mais do que nunca, actuar segundo uma cidadania activa e responsável, pois este é o nosso governo, o governo de todos nós, o governo de Portugal, um Portugal que vive tempos difíceis. E é agora à volta deste governo que todos teremos que estar unidos, em força e apoiá-lo. O caminho começa hoje e o futuro inicia-se hoje, com a participação desejável de todos. Comecemos já a mudar as atitudes. Vamos desejar todo o sucesso do Mundo ao nosso governo porque isso é desejar todo o sucesso do Mundo a Portugal.



No more excusses.



Viva Portugal.





2 comentários:

Otavio Rebelo disse...

Prezado Mário,
Num momento chave da vida do País as tuas palavras revelam ( uma vez mais ) um sentido prático, de responsabilidade e de oportunidade.
A resposta estará na nossa atitude mas, como bem referes, a participação individual de cada cidadão não deve limitar-se a “sentar no sofá” e criticar, pois se outras razões não houvesse, é o nosso presente e o nosso futuro que estão em causa.
Transcrevo algumas das tuas palavras:
“ É por isso que importa agora, mais do que nunca, actuar segundo uma cidadania activa e responsável, pois este é o nosso governo…o governo …de um Portugal que vive tempos difíceis. E é agora à volta deste governo que todos teremos que estar unidos, em força e apoiá-lo…. Comecemos já a mudar as atitudes. Vamos desejar todo o sucesso do Mundo ao nosso governo porque isso é desejar todo o sucesso do Mundo a Portugal. “
E relembro ( mal ) uma história que remonta aos tempos do Império Romano. ( quem conhece bem os factos que me corrija por favor ).
Seria então de forma muito sucinta algo do género:
Tendo o Império Romano ocupado grande parte da Europa, a oriente e a ocidente, chegou aos ouvidos do Imperador, que lá para os confins da Europa, vivia um povo muito estranho, que não se governa, nem se deixa governar.
Os factos já têm uns “anitos”, mas parecem-me por vezes ( por demasiadas vezes ) estranhamente actuais.
Muitas vezes julgamos que a nossa participação, o nosso contributo são tão insignificantes que nada vai mudar.
Não será bem assim, muda sempre algo, embora seja mínimo, mas podemos também recordar o provérbio “grão a grão…” ou então outra história, esta com a Madre Teresa de Calcutá. Perguntaram-lhe em tempos: Porque se dava ao trabalho de ajudar os pobres e os que sofrem, se a ajuda dela não seria suficiente para resolver o problema. A Madre Teresa respondeu: Tudo o que fazemos pode ser apenas uma gota no Oceano, mas se não o fizermos, essa gota perder-se-á para sempre.
Aos sempre cépticos e aos que não são afectados pela crise que Portugal a Europa e o Mundo enfrentam, deixo umas palavras finais para acompanhá-los no seu ensurdecedor silêncio ou risota, conforme o espírito. O mundo está a mudar.

Otavio Rebelo

Mário de Jesus disse...

Caro Otavio

É isso mesmo. Como sabes o FRES foi constituído para combater a decadência larvar que tem sido vigente na sociedade portuguesa onde nada é esclarecido, nada é debatido, nada é clarificado (parafraseando um jornalista da nossa praça.

Para além da responsabilidade cívica que a todos nos cabe de estar atentos ao rumo do país, importa também participar de forma activa e ajudar os decisores com proposta firmes, sérias, com sentido de participação activa e sempre numa perspectiva positiva, em vez de enveredarmos pela constante e já usual maldicência e crítica negativa.

Se cada um fizer a sua parte, ganhará o todo e o todo somos todos nós, o país.

Abraço