Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

segunda-feira, junho 20, 2011

Semanário Vida Económica noticía documento de reflexão do FRES


Na sua edição do passado dia 17 de Junho de 2011 o Semanário Vida Económica noticía o documento elaborado pelo FRES o qual resume um conjunto de ideias e propostas para sair da crise. Aproveitamos para divulgar aqui a referida notícia.


FRES defende "mudança de mentalidades"


"Portugal necessita de uma mudança de mentalidades. E o papel dos grupos da sociedade civil deve ser o de ajudar a essa mudança" - esta é uma das ideias e propostas do FRES – Fórum de Reflexão Económica e Social.


"A projecção internacional de Portugal - Aspectos da economia interna e da imagem do país - saídas para a crise" é um documento que sintetiza um conjunto de ideias e propostas discutidas no último encontro FRES. Neste encontro foram realizadas algumas reflexões e apresentadas ideias conducentes a indicar algumas soluções que ajudem os decisores políticos a encontrar saída para a actual crise económica vivida no país.


"Importa que a sociedade civil dê o exemplo. Torna-se determinante inculcar nas gerações mais novas uma mudança de mentalidade através da mudança de atitudes perante a vida, o trabalho a sociedade e o país. Um exemplo entre muitos outros: fazer perceber às gerações mais novas a importância económica e social de conceitos como a mobilidade do trabalho, para o qual aliás uma já boa parte das novas gerações está sensibilizada."

Girassol, olival e vinhos


Entre os sectores onde Portugal apresenta maiores potencialidades competitivas em termos internacionais surge o turismo, a agricultura, a silvicultura e as pescas.

"Mais do que pretender apostar em várias direcções sem uma estratégia concertada para estes sectores, importa perceber que Portugal tem por exemplo ao nível da agricultura um grande potencial para investir na produção de girassol (para produção e exportação de óleos) e de olival (temos já a maior área de plantação de olival da Península Ibérica) para a produção de azeite de elevada qualidade. O sector dos vinhos é outro sector onde o país tem que apostar e promover de forma integrada."


Sobre o novo programa de assistência financeira da UE e do FMI, o documento aponta para "um mix de corte nas despesas vs aumento da produtividade".

domingo, junho 19, 2011

Pensar nas cidades na educação e na mudança de atitudes




E como contributo ao que foi dito no Post anterior o FRES pretende desde já relembrar alguns dos temas para os quais temos chamado a atenção e sobre os quais temos dedicado tempo, trabalho e reflexão.



Em primeiro lugar para o tema Cidades dado que é imperativo olhar para a importância das nossas cidades como potenciais polos de desenvolvimento local e regional, definindo-lhes uma missão e um papel seja de natureza económica ou social como contributo para o desenvolvimento do país e para a projecção internacional de Portugal.



Temos que olhar para as nossas cidades com a atenção que lhes é devida quer pelo papel que podem desempenhar em termos da sua projecção internacional seja individualmente ou em associação com outras cidades do Mundo ou ainda como veículos de captação de investimento estrangeiro, quer sob o ponto de vista turístico quer de negócios ou ainda como veículos de projecção da imagem de Portugal no Mundo.



As cidades podem e devem projectar internacionalmente a nossa história, cultura, modo de vida e valores como a inovação e a modernidade. Temos por isso que olhar para as cidades e investir nestas definindo-lhes um projecto próprio e um papel ou contributo para o desenvolvimento. A identificação das nossas cidades com a história do país e do seu desenvolvimento é, por isso, preponderante.



Pretendemos também que se olhe para a educação de uma forma integrada através da implementação de valores como a exigência, o esforço, o sacrifício, a dedicação e empenho em vez de olharmos a educação sob o prisma do facilitismo e dos meros resultados estatísticos. Para tal urge inculcar nas novas gerações, os estudantes adultos e as crianças, a necessidade de um espírito de esforço e sacrifício que lhes tem que ser exigido como forma de conseguirem atingir com sucesso os objectivos da educação: serem bem educados, preparados, formados.



Finalmente uma última chamada de atenção para a competitividade, trabalho e atitudes. Urge mudar as atitudes e as mentalidades de forma a que sejamos mais competitivos, produtivos e acima de tudo disponíveis para mudarmos formas enraizadas mas erradas de encarar a vida, a cidadania e o trabalho: não é que trabalhemos menos ou pior que os nossos congéneres noutros países, o problema está na nossa, por vezes, incapacidade de nos organizarmos melhor nas empresas, de sermos mais metódicos, de nos querermos empenhar e de participar civicamente no que nos rodeia. Cabe aos líderes familiares, pais e tutores, aos líderes empresariais e aos líderes políticos trabalhar com este objectivo, ensinando, motivando e preparando as pessoas para que percebam que são necessárias novas atitudes e uma nova mentalidade.






sábado, junho 18, 2011

Por uma cidadania activa




Agora que Portugal tem um novo governo impõe-se, mais do que nunca, uma verdadeira cidadania activa. E tem um novo governo composto por algumas personalidades já conhecidas da vida pública e política nacional mas também outras que não são nem nunca foram da esfera política. Serão certamente pessoas que irão neste momento colocar o seu trabalho, o seu tempo, a sua força, energia, competências e motivação ao serviço do país. E o país terá, nestes casos, que lhes ficar grato. São certamente personalidades que pretendem fazer e dar o seu melhor e que merecem, por isso, o respeito dos cidadãos, mas ao mesmo tempo sujeitando-se ao seu crivo e à sua avaliação e crítica.



Assim como temos um novo governo, de uma quase nova geração, Portugal terá necessidade também de uma nova cidadania e de uma nova atitude cívica. Em primeiro lugar cumpre-nos a nós, cidadãos, acompanhá-lo, observá-lo, ajudá-lo a tomar decisões, a apresentar-lhe ideias, sugestões e opiniões nos canais próprios, sobre o rumo a seguir. Importa por isso auditá-lo e depois avaliá-lo. Com sentido crítico e de responsabilidade, de forma séria mas empenhada. E empenhados em participar activamente nos destinos do país.



É por isso que importa agora, mais do que nunca, actuar segundo uma cidadania activa e responsável, pois este é o nosso governo, o governo de todos nós, o governo de Portugal, um Portugal que vive tempos difíceis. E é agora à volta deste governo que todos teremos que estar unidos, em força e apoiá-lo. O caminho começa hoje e o futuro inicia-se hoje, com a participação desejável de todos. Comecemos já a mudar as atitudes. Vamos desejar todo o sucesso do Mundo ao nosso governo porque isso é desejar todo o sucesso do Mundo a Portugal.



No more excusses.



Viva Portugal.





quinta-feira, junho 09, 2011

O Instituto Pedro Nunes



O FRES tem dedicado uma atenção especial às questões ligadas ao empreendedorismo, à inovação e às iniciativas pessoais, quer de âmbito social quer empresarial. Foi nesse âmbito que nos associámos há 2 anos ao AUDAX e por essa via participámos na sua Conferência Internacional realizada em Julho de 2009 no ISCTE, quer intervindo na conferência principal quer no painel do empreendedorismo social.


Também nos temos associado ao empreendedorismo através da nossa inscrição como entidade seguidora e patrocinadora do tema, acompanhando, nos últimos 2 anos, a Semana Internacional do Empreendedorismo em Portugal, que decorre no mês de Novembro de cada ano, através da publicação de alguns artigos no nosso Blog sobre este mesmo tema.


E vem a propósito do empreendedorismo a notícia que prova este ADN inovador e criativo que existe desde sempre em Portugal, o qual importa projectar internacionalmente. O Instituto Pedro Nunes (Instituto Público de investigação da Universidade de Coimbra) acaba se ser eleito e ganhar o prémio da melhor incubadora mundial de empresas de base tecnológica.


Entre os critérios considerados saliento dois: a sua sustentabilidade, i.e. o Instituto Pedro Nunes é auto-sustentável do ponto de vista económico e financeiro, rentabilizando positivamente os fundos públicos que nele são investidos e cerca de 80% das empresas que nascem no seu seio sobrevivem após estarem lançadas no mercado.


Em tempo de crise e de sentimentos de pessimismo agregado, eis uma notícia que nos deve orgulhar e da qual temos que largar lastro e deixar testemunho.