Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

quinta-feira, março 31, 2011

As cores da bandeira Nacional


Porque andaram a falar da bandeira nacional e das cores da bandeira aqui vai a explicação para todos:


O verde simboliza a esperança.


O vermelho simboliza o sangue derramado pelos portugueses em combate.


A conhecida esfera armilar (amarela) simboliza o Mundo descoberto pelos portugueses nos Séculos XV e XVI e os povos com quem trocaram ideias e comercio.


As 5 quinas (azuis) representam 5 Reis mouros que D.Afonso Henriques venceu,dentro de cada quina existem 5 pontos brancos que simbolizam as 5 chagas de Cristo.


Os 7 castelos representam as 7 localidades fortificadas que D.Afonso Henriques conquistou aos mouros.


Espero que tenha ajudado....







segunda-feira, março 28, 2011

Os símbolos da Nação (ou talvez não) ou "o burro sou eu?"

Uma pequena e recente experiência pessoal que poderá, eventualmente, ajudar a comprender o sentido, a atitude e os valores que cada um (ou, quiçá, a maioria!) tem para com os símbolos da Nação, nomeadamente a Bandeira e o Hino Nacional.
Estive naquela majestosa praça dos Jerónimos, em Belém, a assistir ao Rally de Portugal (eu sei, era dia de trabalho, baldei-me! Mas também ninguém pouco se importa em verificar se alguém trabalha, não poucas vezes, aos Sábados e Domingos, dias consagrados, um desde as Sagradas Escrituras e outro segundo o modelo empresarial anglo-saxónico do século passado, como dias de descanso!).
Do "programa das festas" fazia parte a abertura oficial do evento, com a intervenção da Banda da Armada Portuguesa (como sempre, brilhante na actuação e na postura!) entoando o Hino Nacional.
Quando a dita banda começou a tocar "A Portuguesa", verificaram-se as seguintes situações:
. Ninguém se calou (inclusivé o speaker de serviço!);
. Quase ninguém tirou os chapéus, fossem portugueses ou estrangeiros (porque aqueles bonés dos patrocinadores têm muito valor, ainda para mais dados por "beldades" de corpos esculturais e salto alto!);
. Com a intervenção do speaker (qual catalisador de estádios de futebol em dia de jogo da Selecção Nacional!), alguns "maduros" entoaram a letra do dito cujo, com muito sorriso nos lábios (ainda bem, era para mim sinal que estavam contentes com o espectáculo!) e um tom afinado por umas belas "Sagres" fresquinhas.
Vexame dos vexames, aqui o vosso humilde escriba, com os valores antiquados em que foi educado (faço parte, sem rebuço, do grupo dos "burros" a que aludiu um nosso Estimado Confrade noutras intervenções) mas com o sentido adulto de quem já está nos "enta", retirou o seu chapéu (que não foi oferecido por nenhuma estampa de discoteca dos patrocinadores mas trazido de casa, a gente começa a ficar débil e o sol pode provocar maleitas aos "ginjas"!) e procurou ter um postura corporal mais respeitosa (confesso que estava todo "partido" com as horas de pé, mas quem corre por gosto...), incluindo apagar a cigarrilha que com prazer fumava (há..., vícios!).
Então não é que, quando acabou o Hino Nacional, voltei a colocar o meu abençoado boné (nem sequer sei o que representam os símbolos do mesmo, se calhar estou a fazer publicidade a algo politicamente incorrecto, sinceramente não sei!) e acendi uma nova cigarrilha (há..., maldito vício!), reparei que as pessoas que estavam próximas de mim, de várias idades e origens, olhavam para mim com um misto de perplexidade, uns, e de sorriso malicioso nos lábios, outros?
Será que é "moda" o desrespeito pelos símbolos simples mas fortes da nacionalidade de cada cidadão?
Será que não é "fashion" mostrar um pouco de respeito e consideração pelos valores assumidos por cada um, ainda que para a maioria sejam porventura considerados obsoletos ou mesmo objecto de "escanho e maldizer" (vidé o "blogista" Gil Vicente, um dos muitos autores da literatura portuguesa positivamente varridos dos programas escolares, vá-se lá a saber por que motivo!... Talvez não tenha conta no Twitter ou no Facebook!).
Será que estamos a assistir a uma "nova república" consubstanciada no princípio decalcado de outras doutrinas republicanas do século passado de que "quem não é pelos preceitos da maioria, é contra esta"?
João Rocha Santos
28/Março/2011

domingo, março 13, 2011

Portugal acorda para a Cidadania


Portugal manifestou-se como há muito não o fazia e não se via.

Por todas as principais cidades do país, assistimos a um grande movimento cívico, de cidadania, de contestação ao actual estado social da Nação, estado social afectado pela crítica situação económica e financeira que o país atravessa.

Mais do que referir os aspectos e as razões, certamente legitimas, que mobilizaram uma tão grande franja da população, pois estima-se que estiveram nas ruas muitas centenas de milhares de pessoas de todas as idades e gerações (não apenas a geração à rasca) Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Faro, Coimbra, Funchal ou S. Miguel, viram a sua população nas ruas.

O país viu e ouviu as pessoas. Tão grande manifestação cívica, tem que representar algo de importante. E um dos fenómenos a destacar aqui é talvez um novo sentimento de cidadania, do papel social que jovens e mais velhos começam a sentir que lhes pertence e é da sua responsabilidade. Portugal veio de novo à rua, expressar o que sente. Portugal parece que acreditou de novo.

Até parece que surgiu um novo amanhecer e um novo acreditar e que tudo vale de novo a pena. Que afinal valerá a pena continuar. E quem acredita é um povo ordeiro, disciplinado, organizado, pacífico, que desta vez disse "SIM, aqui estamos".

Que grande e enorme lição de civilidade, de cidadania, de civismo, de elevação, tiveram as gentes de Portugal, novos e velhos. Que classe geracional, esta à rasca, que desfilou nas ruas, se manifestou, exprimiu opiniões, de forma cívica, educada, pacífica e ordeira.

Que lição dada a gregos, franceses, espanhois, ingleses e por aí fora. Como diz Camilo Lourenço, "os rebeldes da nossa geração à rasca são meninos de coro se comparados com os franceses, espanhois ou gregos", mas sendo assim, a inveja deve ter ficado do lado de lá. Portugal vive a crise económica, sente a crise social, pensou a política e emitiu uma opinião geral sobre os problemas - manifestou-se.

É o país no seu melhor através da sua gente. Uma gente que luta pelos seus interesses, quer ser mais esclarecida, manifesta-se cívica e ordeiramente e demonstra ao mundo, através de uma das melhores mensagens e promoções que se podem fazer a uma Nação: que Portugal pode se quiser ser uma grande Nação e que pode dar lições de cidadania, de participação e de civismo se o quiser. Uniu novos a velhos, empregados a desempregados, iletrados a licenciados.

Aqui está um exemplo em como a cultura e a civilidade portuguesas podem ultrapassar fronteiras e ser demonstradas e apresentadas ao mundo. Temos uma história secular de conquistas, de comércio, de coabitação cultural e civilizacional, de valores de honra e coragem, adormecida nas últimas décadas. Esta nova geração veio ajudar o país acordar de novo.

É esta a projecção que Portugal tem que dar de si mesmo ao mundo. Cumpre-nos a todos não nos deixarmos adormecer de novo.

D. Afonso Henriques deu várias voltas no túmulo: queria participar!