Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

sábado, dezembro 11, 2010

A EDUCAÇÃO COMO VECTOR DE EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE


3. O CASO DA CHINA


Segundo alguns investigadores, a estratégia da China a longo prazo é tornar-se líder mundial em termos económicos , ultrapassando os EUA e a UE. Para tal terão começado bem uma vez que a meta dos líderes chineses é focalizarem-se, muito mais até que alguns líderes ocidentais, na formação e educação dos seus jovens em matemática, ciências e informática, matérias que consideram indispensáveis para o sucesso e afirmação no futuro. Estão também concentrados na criação de boas plataformas físicas de telecomunicações de modo a estarem conectados com o resto do planeta e captarem o interesse dos investidores internacionais. A riqueza gerada na China atingiu 14% do total mundial em 2003, o seu PIB de 1,4 mil milhões de USD foi nesse ano o sétimo em termos mundiais.

Segundo um estudo do Espirito Santo Research, em 2004 foi já a 5ª maior economia do mundo à frente da Itália, esperando-se que seja a 4ª em 2005, à frente da França. Federico Rampini no seu livro “O século chinês” estima que a classe média alta chinesa possa atingir neste momento cerca de 200 milhões de pessoas, ávidas de mercadorias de luxo e produtos e serviços financeiros mais sofisticados. Um número de cerca de 100 milhões de jovens chineses, desta classe média, anseia por produtos ocidentais.

Por tudo isto, a China é um player a ter em conta no quadro da concorrência internacional.

Tendo como premissa estas preocupações e segundo um estudo americano (U.S. Conference Board) citado por Thomas L. Friedman no seu livro “ O Mundo é Plano”, o sector industrial privado chinês fora do controlo estatal, registou entre 1995 e 2002 um crescimento de 17% ao ano, resultado da absorção de novas tecnologias e da adopção de modernas práticas empresariais.

Claro que a manutenção ou continuidade deste crescimento estará dependente da estabilidade política que o país conseguir manter ou confirmar no futuro, quer em termos internos quer nas relações com países circundantes como Taiwan.

2ª Conclusão: Mais uma vez o factor educação e formação surge aqui como determinante para o crescimento económico e competitividade, quer no impacto que tem na actividade económica, no contexto social, empresarial, ou ainda como factor de ajuda e contribuição para a captação de investimento exterior (pela maior confiança que representa para os investidores, um país de pessoas cultas, bem formadas, de elevados conhecimentos tecnológicos). Mas, no caso chinês, o desenvolvimento e a competitividade dependem também da existência de estabilidade política, de um adequado sistema de justiça quer no campo social quer no campo empresarial, bem como de uma politica que privilegie a igualdade social.

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