Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

sábado, outubro 24, 2009

350.ORG


A Propósito do dia de hoje 24 de Outubro, Dia Internacional da Acção pelo Clima vale a pena ( para quem ainda não conhece ) ficar a conhecer o movimento 350.org
Do site deles retirei estes excertos que dão uma boa visão do que são e como actuam.

"TODAY, the 24 October, people in 181 countries came together for the most widespread day of environmental action in the planet's history. At over 5200 events around the world, people gathered to call for strong action and bold leadership on the climate crisis

http://www.350.org/mission
Our focus is on the number 350--as in parts per million, the level scientists have identified as the safe upper limit for CO2 in our atmosphere. "

Vão iniciar-se a 6 de Dezembro negociações a Nível Mundial em Copenhaga, onde os problemas das alterações climatéricas vão uma vez mais ser debatidas.


Como mote para estarmos atentos a este importante tema, deixo uma ideia de um dos lideres portugueses do movimento condomínio da terra que disse algo como:

“ Não é o planeta que se tem de adaptar ao ser humano, mas o ser humano que se tem de adaptar ao planeta terra.”

Um Fenómeno chamado PORTUGAL


Os mais baratos ? 32 e 57 Euros para o Relvado.

Para a Bancada os Bilhetes vão dos 99, aos 125, chegando mesmo aos simpáticos 250,00 Euros.

A totalidade de Bilhetes disponíveis: 42000.

Dia 17 de Outubro de 2009, em apenas 7 horas esgotaram-se estes 42000 papelinhos mágicos para um Espectáculo que se vai realizar em 02 de Outubro de … 2010. Não, não é engano, o Concerto dos Irlandeses U2 vai ser em Coimbra daqui a 1 ano e em apenas 7 horas, indiferentes aos preços, os Portugueses esgotaram a lotação do Estádio de Coimbra, levando os promotores do evento a reunir-se com os responsáveis pelos espectáculos da Banda de Bono e a solicitar-lhe a realização de um 2º concerto para os fãs que não conseguiram comprar bilhetes para o 1º Concerto.

Dia 24 de Outubro de 2009, a cena repete-se e todos os 39000 papelinhos mágicos para o 2º Concerto dos U2 ( também daqui a um ano), esgotaram-se em menos tempo ainda, apenas 4 horas!!!!????, levando já muitos a falar num 3º Concerto.

Por mim, fico-me por aqui, "passando a bola ao pessoal" do Marketing e aos Sociólogos. Julgo que têm aqui muito para se inspirarem, planearem, escreverem e debaterem.

Mais do que o Fenómeno U2 já reconhecido mundialmente há muitos anos, interessava estudar um Fenómeno chamado Portugal que indiferente a todas as crises “teima” em ser um País diferente para muitos. Poderemos e iremos certamente opinar sobre a questão dos contrastes em que muitos podem viver felizes mas essa felicidade parece não ser para todos.

No entanto e na “cruel ou não” economia de mercado em que vivemos, o Fenómeno Portugal vai ser olhado atentamente por muitos Vendedores de Sonhos, pois Portugal parece demonstrar inequivocamente que existe um Mercado potencial que, não sendo um "filão de ouro", tem muito por onde explorar.

quinta-feira, outubro 15, 2009

Espaço Pensante

O Espaço ou a palavra Espaço pode possuir vários significados: espaço geográfico, matemático, físico, político, filosófico (Absoluto ou Relativo) ou em Latim Spatiu – Ilimitado e infindavelmente grande que contêm todos os Seres e Coisas.

É sobre este último, ou seja, o ilimitado ou infindavelmente grande que gostaria de falar.
Mas será este importante? Mas que Espaço? O meu, o teu, o nosso? Ou o de todos? Sim! Diria mesmo que o nosso implica o dos outros mas isso não significa que se sobreponha a (Força Individual =Sucesso Colectivo e neste caso Espaço Individual = Espaço Colectivo).

Voltando a visão frívola, mas também correcta dos americanos e à sua sensibilidade para os números, O espaço é algo que possuímos ou que queremos possuir/alcançar e atingir.
Por exemplo: Gostaríamos de ter 1 casa X com 2 varandas Y, 1 garagem p/ 2 viaturas, com portão eléctrico, 1 closet para 25 fatos, enfim, falamos efectivamente de Espaço Físico e também de números. Agora noutra perspectiva, falemos de outro aquele que nós temos, que os outros têm e que afinal de contas…et voilá todos nós humanos temos!

O Espaço, “Pensante” que todos nós temos e que na maior parte das vezes não utilizamos, usufruímos, desfrutamos ou partilhamos, porquê? Porque por vezes, e dando por exemplo uma viagem de automóvel em que vamos concentrados na tarefa (neste caso a condução), com o objectivo de chegar ao destino B, passamos por árvores, arbustos, outras viaturas, pessoas, e que no final da “atribulada” viagem, com operação da BT e tudo, e após algumas referências nos perguntam: Que árvores eram aquelas que passámos, de que cor eram aquelas viaturas que passaram por nós com a sirene ligada a uma velocidade estonteante? Sobreiros ou eucaliptos? Ambulância amarela ou branca?...Qui ça!

Não damos conta, não nos apercebemos, na maior parte dos casos, para não dizer quase sempre, pois o objectivo “Major” é chegarmos ao destino que nos propusemos. Estamos sim a falar de Tempo, timmings, horas, segundos, minutos, dias, meses, anos…sim este é uma variável escassa.

Mas o que é que o tempo tem a ver com o Espaço? Numa primeira abordagem, nada…mas noutras instâncias a seguir, sim.

O espaço é importante sim, tal como o tempo mas será assim tão escasso e Veloz? Não!!!
Debrucemo-nos na observação das pessoas e nas relações inter-pessoais. Vejamos alguns exemplos: Na TV, em espaço nobre e agora com as campanhas políticas para as autárquicas em vigor, vê-se os Srs. Políticos da “nossa praça” a manifestarem as suas opiniões, os seus discursos, neste caso nas várias cadeias de televisão (dos imensos canais que nós portugueses temos direito sem ser pay-tv). Porquê?

Porque que será que ao desfolharmos as revistas da famosa e recente “Imprensa” cor-de-rosa portuguesa, vemos nas mesmas páginas, ou quase sempre nas mesmas (salvo raro excepções), os Srs. Y na Festa X, ah…e quando reparamos que revista de Agosto de 2009 ter os mesmos intervenientes que a edição de 2005?

Porque observamos adolescentes a tentarem concorrer a um determinado programa de TV, utilizando a “easy-way”, mesmo que para isso sejam alvo de risota de milhões de espectadores?
Porque será que as empresas quando colocam um anúncio de jornal para procurar um candidato, são recolhidos no mínimo, 10 vezes mais respostas que as supostamente pretendidas?

Porque é que nos famosos programas americanos “reality-Show”, por exemplo, relatam a competição entre casais como grupo e até mesmo intra-casal é uma constante?
Porque é que existe competição e concorrência no seio das empresas e no seu Exterior? Porque é que se entra no metro e parece-nos que está cheio de pessoas, tipo “overbooking”, mas quando damos um passo em frente, reparamos que por detrás do 1º bloco de pessoas, existe lugares vagos?

Porque não dizemos muitas das vezes em simples conversas, “Dá-lhe tempo!” em detrimento de Dá-lhe espaço!”? Alguns psicólogos e psicoterapeutas afirmam esta ideia.
Espaço! Quer físico, quer social, quer profissional, empresarial, …quer imaginário, garantidamente vai sempre existir!

Porque é que se mantêm, para além de outras variáveis, óbvio, guerras “acessas” entre Países e Culturas…porque é que existem importantes e plausíveis acordos como a NATO, os GT, a CE, as Grandes Potências, o “eldorado” angolano, o espaço Schegen?
Já Neil Amnstrong a 20 de Julho de 1969 na missão Apollo 11, procurava algo de novo…
OK! Espaço é importante, já percebemos, independentemente das expectativas que cada um tem ou possa vir a ter.

Diria mesmo sem bláses e falsas retóricas, que a Procura pelo espaço é algo que vai a continuar a ser uma doutrina, 1 objectivo de cada ser humano? Correcto? Sim! Correctíssimo!
O espaço existe para todos, quer a nível profissional, quer social, quer inter-pessoal, quer empresarial, salientando apenas e só que existe um denominador Comum, 1 “driver” muito relevante, o espaço “Pensante” e claro, “Executante” Em que áreas? Em todas que quisermos, pois certamente não faltará espaço.

O que irá acontecer? Uma bomba cairá para reduzir o nº de pessoas do mundo em Geral? As maternidades e escalas fecharão? As empresas vão ficar sem colaboradores? Não!

Li recentemente que irão haver micro-tendências a nível mundial, mas isso não significa que deixará de haver micro-espaço para pensar, realizar e concretizar, muito menos para viver!
O espaço apesar de também poder ser uma l variável quantificável (por exemplo nas habitações=m2) é algo infinito e que quando percepcionado e bem utilizado é Excelente!
O espaço não significa Poder, pois P = V x C, leia-se Poder = Vontade X Capacidade; o espaço significa um atributo/variável que cada um tem para fazer, mas utilizar, allways!
Em suma se cada um de Nós desfrutar do seu único e intransmissível espaço, de certeza que poderá não temer, com o espaço dos outros.
Se todos pensarmos no seu “Uni-espaço”, certamente que o espaço Global, será maior, mais “open-space”, sem tantas “cotoveladas”, “empurrões” e muito mais proveitoso para todos.

A título de curiosidade e para reflexão:
- Porque será que o Ser humano, ao ser cada vez mais dotado e cabal, é mais inseguro que outrora?
- Porque é que no Sistema político e apesar da responsabilização inerente, não deixa de ser tão apetecível e disputado?
-Porque é que as relações inter-pessoais são cada vez mais frágeis, débeis e curtas?
- Porque é que livros como “The Knowing-Doing-Gap” nos dizem algo?

Será que poderemos apanhar o “comboio”? Haverá “lugar”, ou melhor “Espaço”? É melhor irmos ver…ou esperemos pelo famigerado TGV?Será tarde???

Alexandre Motty

quarta-feira, outubro 07, 2009

Atrasos nos pagamentos entre empresas custam 1,6% do PIB


O início deste post é uma transcrição do artigo do Jornalista João Madeira do Sol constante do seguinte link
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=150130

“ Prazo médio de 92 dias

Atrasos nos pagamentos entre empresas custam 1,6% do PIB
Por João Paulo Madeira

Portugal ocupa a quarta pior posição na Europa no que diz respeito a prazos de pagamentos entre empresas, de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Banco Espírito Santo (BES).

Em 2009, o período médio de pagamento entre empresas ascendeu a 92 dias, mais 46 do que o prazo médio contratualizado. Apenas Grécia, Espanha e Itália têm prazos mais dilatados, mas a diferença entre o período real de pagamento e o estabelecido nos contratos é menor do que em Portugal.

O estudo sustenta que o recurso ao crédito bancário pelas empresas, para poderem financiar o atraso de 46 dias, atinja cerca de 47 mil milhões de euros, cerca de 28,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Como os bancos nacionais também se endividam no exterior para assegurar estas operações, o financiamento dos atrasos resulta num encargo adicional de 2,7 mil milhões de euros em juros, o que representa 1,6% do PIB. “
Fim da transcrição.

Já aqui abordamos a questão dos efeitos nefastos nos atrasos de pagamento que se verificam em Portugal.

A maior parte das empresas e instituições que não têm liquidez para fazer face aos seus compromissos de curto prazo recorrem ao crédito bancário como recurso mais frequente para resolver este problema.

A questão não é fácil de abordar pois muitas vezes temos logo à partida 2 pontos de vista diferentes:
- O primeiro é o de muitas empresas estarem só a trabalhar para o banco, ou seja, a margem do seu negócio é “comida” pelo juro que tê de pagar ao banco pelos empréstimos contraídos e o banco surge assim como o “mau da fita”.
- Outros dizem que os bancos estão a ser a “tábua de salvação” de muitas empresas pois só eles, correndo riscos de incumprimento por parte dos clientes, estão dispostos a disponibilizar o tão desejado fundo de maneio.

Cabe às empresas que recorrem ao crédito perceber qual o custo que na realidade vão suportar com o crédito bancário, analisando se ele é comportável no médio-longo prazo, face aos reais resultados da sua normal actividade económica.

Muitas vezes o recurso ao crédito e até a créditos para pagar créditos, resulta numa espiral de custos que levam a prejuízos bem maiores para as empresas.

Por outro lado, é de notar uma diferença de postura de muitas empresas que já não se preocupam tanto em apresentar aos bancos, sucessivos acréscimos de volume de facturação.


O muitas vezes idolatrado “volume de negócios elevado” está a dar gradualmente lugar a um volume de negócios mais adequado ao cumprimento dos clientes. Dito de outro modo é preferível vender 500 e receber 500 do que vender 1000 e só receber 700.


São novas realidades que se colocam aos gestores das empresas e instituições e todos nós devemos estar atentos e preparados para as implicações destas realidades.

segunda-feira, outubro 05, 2009

E a Europa aqui tão perto


A Irlanda acaba de fazer um 2º referendo sobre o Tratado de Lisboa e desta vez o Sim venceu.
Dos 27 países que actualmente constituem a União Europeia, 24 já tinham ratificado a aprovação do Tratado de Lisboa.

Restavam a Irlanda ( que agora deu o sim ), a Polónia e a República Checa.
Aguardamos a decisão destes 2 países mas está aberto o caminho para o Tratado de Lisboa vir realmente a ser adoptado depois de já lhe terem vaticinado o fim, após o 1º referendo Irlandês.
A maior parte das dúvidas sobre o Tratado de Lisboa podem ser tiradas no seguinte link
(Portal Eurocid. Portal de informação europeia em língua portuguesa )
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=4081&p_est_id=9405

Com as recentes Eleições para o Parlamento Europeu e com a reeleição de José Manuel Durão Barroso como Presidente da Comissão Europeia, inicia-se um novo ciclo de 5 anos que representa uma nova oportunidade de a Europa trilhar novos caminhos, com vista ao reforço do seu espaço, quer em termos políticos, quer em termos económicos, quer em termos sociais.

O “enquadramento” não é fácil ( o mundo recupera lentamente de uma grande crise económica ) e as realidades de cada Estado-Membro são bem diferentes.

No dia em que o Presidente da República voltou a apelar aos políticos que escutassem mais os portugueses, seria também importante que as Estruturas da União Europeia continuassem a busca de um equilíbrio nesta “inacabável construção europeia”, não ignorando os países periféricos, quer a periferia seja entendida geograficamente, quer seja entendida em termos de dimensão ou importância política.