Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Confrontações

O Ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva afirmou hoje no programa Grande Entrevista da RTP 1 , que o Parlamento é um lugar de confrontação política.

Depois de festejarmos o Carnaval, rapidamente estaremos a caminhar para o mês de Abril onde comemoraremos o 35º Aniversário da nossa democracia.
Não faltarão os discursos da praxe enaltecendo todos os benefícios ( inegáveis ) de vivermos num regime democrático.
Já quanto à confrontação política dos últimos 35 anos ter beneficiado o povo que elege os “confrontadores políticos”, muitas dúvidas se colocam, a começar pela percentagem de votantes que se encontra bastante longe do número total de eleitores inscritos.
A descrença generalizada nas forças partidárias pode ter como explicação o facto de o povo não reconhecer que a confrontação política parlamentar, resulte em benefícios visíveis para a Nação.
O Parlamento é o lugar de eleição para se abordarem as questões de natureza política, económica e social, retirando de cada deputado presente, um contributo para construirmos um Portugal melhor para todos.
Da confrontação política referida por Augusto Santos Silva, deve resultar uma elevação de valores. Cada membro eleito tem o privilégio de nos poder representar e o dever de o fazer com todo o empenho.
Na confrontação política, os argumentos e contra-argumentos utilizados, deverão traduzir-se não na vitória de um deputado ou de uma bancada parlamentar, mas na vitória do País.
É o País que vai comemorar os 35 anos de democracia e que deve (re) ver nela, recorrentemente, os motivos pelos quais a contribuição de todos, Governo e Partidos da oposição, é a todo momento, determinante para vencermos os desafios que enfrentamos.

1 comentário:

Mário de Jesus disse...

Confrontações sim. Mas com elevação.

Discutindo temas de relevância para a Nação, como homens e mulheres de bem para homens e mulheres de bem. Discutindo verdadeiras ideias com soluções reais para este país.

Como combater o desemprego, como ajudar as empresas, como ajudar os mais pobres, que protecção dar aos idosos, como melhorar a educação e a saúde.

Sem malhar. Sem deboche, com nobreza e espírito crítico ainda que com vigor.

Estamos fartos desta política coquete e de croquete.

Mas todos percebemos que sem uma sociedade civil forte, a política é conduzida da forma que os políticos quiserem. Sem prestação de contas e sm julgamentos.

Está nas nossas mãos mudar este rumo.