Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

terça-feira, janeiro 27, 2009

The Big Small Man

In the last 2 decades we saw the evolution of a concept called Globalization.

We had to spread our thoughts and try to shift from our local areas to the Global Markets.
This was an impulse of the economics and companies in traditional markets start facing a very hard competition from companies that born in countries like China and India.
Now the world is facing a Global Crisis and the way the Globalization is being implemented may be one of the main causes for this Global Crisis.
No matter how you try to improve your production methods, reducing production costs, it is virtually impossible to compete with countries that almost don´t have labor costs because they pay so little amounts to their employees and force them to work larger weekly periods with no social benefits.
We may want to think global but western countries are not able to compete globally.
We want to be Big but after all we are no more than small Man´s falling one after the other because our factories are no longer competitive.
It is important that we make a stop and try to find out the true causes of the current global crisis. Each government separately is trying to deal with the problem. Important measures are being taken but they are not enough.
From above, from the big economic zones like the USA or the European Community, we must start to receive signs that a globalization with few rules must be changed somehow. We will not go back 20 years putting again so many regulations that avoids the global trades.
But the way the trades are being done are far from being fair and they will continue to destroy the Western Economies, maybe leading to a tragical collapse.

domingo, janeiro 25, 2009

Crise, Atitudes e Valores

Não há dia que passe, manchetes dos jornais e revistas, spots de rádios e televisão, noticias virtuais, conversas triviais de café que se oiça, veja ou leia a palavra Crise.

É verdade, a frieza dos factos é essa mesmo...crise económica mundial que parecia estar longe, distante para lá do horizonte, está hoje presente em nós. E será apenas uma crise de carácter económico? Eu diria que não....é também uma crise de ausência de pensamento, visão e atitude. Não falo de politica como muitos que de modo mais confortável atribuem a culpabilidade apenas ao poder politico. Como diz um provérbio chinês a palavra crise é caracterizada tem dois significados, um que significa perigo e o outro oportunidade. Francamente sou mais apologista do último.

Este momento histórico que estamos a assistir pode proporcionar-nos, apesar da inércia e dificuldade que sentimos em tudo o que fazemos e assistimos os outros a fazer, uma visão, uma linha de pensamento diferente do habitual. Podemos pensar glocal, isto é pensar no global e agir localmente. Isto é identificar o problema, analisá-lo e adaptar a solução a cada comunidade local.

Podemos valorizar as nossas "gentes", sociedade, amigos, familia, privilegiar as nossas empresas apesar de não serem em grande número, os nossos produtos, os nossos valores/virtudes, os nossos pensamentos, nós próprios como um todo.

No seguimento desta linha de pensamento sermos visionários em tempos complexos e termos visão colectiva em vez de sermos "egoistas". Não devemos menosprezar a nossa função social como cidadãos responsáveis que somos e que poderão incidir nas seguintes áreas:

- Valorização da vida laboral e profissional

- Amigos, colegas e familia

- Incentivo ao reforço positivo e á consciencia colectiva nacional

Em jeito de reflexão gostaria de deixar a todos vós a seguinte frase: " Bons pensamentos geram atitudes positivas"

Saudações FRESIANAS
Alexandre Motty

domingo, janeiro 18, 2009

O Caminho

No link
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1073398
pode-se ler a notícia com o título “ Norte passou a liderar os calotes à Banca “
Aqui fica um pequeno extracto
“ Em meados de 2008, ainda antes do agudizar da crise, era a Norte que se encontrava mais crédito incobrável
É mais um dos sinais da crise que atinge as empresas situadas no Norte: é lá que está a maior percentagem de crédito de cobrança duvidosa do país. O couro (curtumes e calçado) e o têxtil lideram os calotes.
Ainda antes do agudizar da crise que atirou Portugal para a recessão, a situação das empresas do Norte tinha piorado a ponto de passarem a ter a maior fatia de crédito incobrável do país. Dos 119 mil milhões de euros emprestados à actividade económica, 31 mil milhões foram entregues a empresas sediadas no Norte e, destes, 3% (quase mil milhões) foram dados como incobráveis no terceiro trimestre de 2008, diz o Banco de Portugal. O problema ainda vai piorar antes de melhorar, dizem os empresários, sobretudo se não forem dados passos para ajudar as firmas já em dificuldades. “
Esta notícia teve um comentário online, duro, apesar de conter algumas verdades.
antoniooliveira
18.01.200914:48
Portugal - Porto
O optimismo dos Portugueses e principalmente dos políticos era tão grande, que só podia dar num beco sem saída, não se pensa muito no futuro, temos por hábito, pensar só no presente e depois vê-se, e o resultado está à vista, empresas e famílias super endividadas. Acabaram-se os sonhos, estamos no fundo do poço e não há possibilidade alguma de sair, desistamos da mania das grandezas e admitamos que somos realmente pobrezinhos, não só monetáriamente, mas também de espírito, de mentalidades, no desenvolvimento, na criatividade, até somos pobrezinhos nos locais de trabalho, quando alguém tenta produzir mais, ou inovar, há meia dúzia a puxar para trás, desmoralizando esse alguém, e até rotulando-o de louco, ou de engraxador do patrão. pois bem, aqui temos um País à beira da ruína financeira, na miséria, no fim.”

Em todos os quadrantes se houve dizer que é necessário unir esforços para fazer face aos tempos difíceis que estamos a enfrentar. Mas essa tentativa de união de esforços careceria ( se fosse possível ) de uma calendarização. Uma pessoa pode pensar que temos 1 ano para unir esforços, mas outra pode dizer que as coisas não estão tão mal assim e que podemos ter 2 anos para conseguirmos unir esforços. Na minha opinião, não temos já 1 , 2 ou 3 anos para unir esforços. O tempo é de acção, pois a cada semana que passa, continuamos a afastar-nos do caminho certo. Como unir então os esforços e começar a fazer as coisas certas?
Aqui reside o maior problema. Não vai haver uma “varinha mágica” a unir-nos e a permitir que de forma concertada consigamos lutar contra a crise. O caminho é outro pois o que está ao nosso alcance é sobretudo a luta contra a descrença.
É necessário que cada um entenda que por muito pouco que possa fazer, aquilo que realmente fizer de ponderado, produtivo e positivo, estará imediatamente a dar um contributo para remarmos contra a maré. Mais do que esperar que haja uma concertação de interesses politico-partidários, civis ou comerciais, públicos ou privados, tem de existir o interesse em cada indivíduo, cada cidadão, em fazer o que está ao seu alcance.
Não podemos pedir milagres globais, mas podemos pedir múltiplas acções individuais. Serão essas, centenas de milhares de acções individuais que poderão fazer com que o rumo dos acontecimentos seja outro. A ajuda dos governantes será bem vinda, pois são eles que têm a faca e o queijo na mão. Mas é necessário que entendamos que o queijo que está nas mãos deles ( sendo o queijo entendido aqui como os recursos do país ) não é um queijo grande, Portugal não é rico em recursos naturais como Petróleo ou Diamantes. A riqueza dos portugueses está no valor de cada um de nós. Está na hora de mostramos o que valemos.

sábado, janeiro 17, 2009

Haja Esperança - Ainda Falta Cumprir Portugal


Hoje, mais do que nunca, há um país que tanto necessita de instituições como a SEDES, como o FRES e outros grupos de debate e reflexão, movimentos cívicos e outros observatórios da sociedade. Esta sociedade que caminha sabe-se lá para onde. Que ao mesmo tempo que evolui em novos modelos sociais de (con)vivência entre os cidadãos, banhada, acariciada e suportada por novos eventos e criações tecnológicas, onde se discute a alta finança (esta agora e também da forma e de modo despudorados dadas as atrocidades cometidas) retrocessa ela própria, retrógrada, aos não-valores contra os quais a dita sociedade moderna sempre pretendeu combater.

Um país que tem legislado um ordenado mínimo obrigatório e onde instituições públicas como um próprio Instituto do Emprego e Formação Profissional desse país, contrata e anuncia empregos e vagas a troco de valores abaixo desse ordenado mínimo nacional, legislado.

Um país onde a taxa de desemprego oficial é de 7.7% mas que na realidade é superior a 10% pois nesse país, os responsáveis políticos definiram como empregados todos aqueles, milhares, que frequentam cursos de formação profissional mas que de empregados nada têm. Um país que deixa de incluir nas suas estatísticas aqueles que, já desencantados e descrentes, deixaram de procurar emprego há mais de 1 mês. Simplesmente banados das estatísticas.

Um país onde há suspeitas que Ministros da Nação (incógnitos) receberam luvas para aprovarem projectos de Outlets.

Ou, finalmente, um país que vive e convive com a injustiça do Caso Casa Pia. Onde passados 6 anos ainda não se fez justiça. Onde as vitimas já foram inclusivamente monetariamente indemnizadas, mas onde os culpados vivem livremente e à solta, as suas vidas.

É um ultraje para as vitimas. É um ultraje para Portugal.

Falta de facto mais do que cumprir Abril. Falta cumprir Portugal.

terça-feira, janeiro 13, 2009

O nosso prémio dele(s)

Cristiano Ronaldo foi ontem considerado pela FIFA ( Associação Internacional das Associações de Futebol de cada país do Mundo ), o FIFA World Player 2008, ou seja, o melhor jogador do mundo em 2008.

É um título que deixa qualquer um orgulhoso e nós como portugueses, temos naturalmente de estar orgulhosos com os feitos alcançados por qualquer compatriota nosso que se destaque a nível mundial, pelo que aqui expresso também os parabéns ao Cristiano Ronaldo.
Como elogios não vão faltar, vindos de todas as partes do mundo, gostaria de abordar este feito de uma outra perspectiva, ou seja, analisando algumas das condições que contribuíram para que Ronaldo fosse considerado o melhor do mundo.
Ronaldo foi considerado o melhor porque em 2008 ganhou os seguintes títulos:
- Campeão da Liga Inglesa pelo seu clube, Manchester United
- Campeão Europeu de Clubes, pelo seu clube, Manchester United
- Campeão Mundial de Clubes, pelo seu clube, Manchester United
- Melhor Marcador da Europa, pelos golos que marcou no seu clube, Manchester United
Para a consagração de qualquer campeão, muitos factores têm de se conjugar pois ninguém é campeão sozinho. Embora sendo português, é através de um clube inglês que Ronaldo se vê agora consagrado. Muito do mérito do seu feito deve-se ao facto de o Manchester United ter apostado nele 5 anos atrás. E começa aqui o segredo da dimensão mundial que Ronaldo alcançou.
Num clube português, dificilmente Ronaldo alcançaria nos dias de hoje, os feitos que conseguiu o ano passado ao serviço do Manchester United. O Manchester United é um clube que aposta totalmente nos seus colaboradores. E as apostas que fazem não são apostas para 6 meses ou um ano. Ronaldo foi muito acarinhado e motivado ao longo de 5 anos. Os seus primeiros anos em Inglaterra não foram fáceis e não lhe deram o destaque que alcançou agora. No entanto os responsáveis do Manchester e o seu treinador há 2 décadas, Sir Alex Fergusson, nunca deixaram de acreditar nele. As vitórias e os títulos raramente surgem do acaso. São quase sempre conseguidas através de uma boa organização, com uma boa planificação e uma aposta no médio-longo prazo. Os clubes e as organizações portuguesas podem e devem estudar o exemplo do Manchester United. A este clube inglês se deve em muito, o feito de Cristiano Ronaldo.
Até porque em 2008, tivemos um Campeonato da Europa na Austria-Suiça. Nesse Campeonato os milhares de Portugueses emigrados na Suiça, deram um apoio e um carinho fantástico à Selecção Portuguesa onde Ronaldo era a principal figura. Mas nesse Campeonato da Europa, a Selecção Portuguesa não triunfou, nem sequer chegou às meias-finais, apesar de todos terem a forte esperança de que poderíamos ser Campeões.
A selecção portuguesa e Cristiano Ronaldo, saíram do Europeu pela porta pequena, de forma discreta e longe da consagração que esperavam obter.Temos o melhor jogador do mundo mas que em 2008 pouco conseguiu fazer ele pela nossa Selecção.
Este prémio servirá mais uma vez para repensar que os trabalhadores portugueses estão ao nível dos melhores do mundo, mas falta-lhes das organizações nacionais, a planificação, o apoio e a motivação que são necessárias para tirar deles todo o seu potencial.
Este prémio deixa os portugueses orgulhosos mas Cristiano Ronaldo, no discurso da consagração não se lembrou de dedicar o prémio também aos portugueses, nem sequer ao clube e ao treinador que o ajudaram a alcançar este feito. Dedicou-o à sua família e aos seus amigos, pelo que o título deste artigo é com alguma ponta de tristeza: O nosso prémio dele(s).

domingo, janeiro 11, 2009

Acreditar de Segunda a Domingo

Enquanto estive de férias na India, a equipa de Futebol do Benfica, meu clube do coração, conseguiu chegar ao primeiro lugar do Campeonato Português, tendo sido eliminado pelo Leixões da Taça de Portugal. Início do ano e o Benfica na Liderança, já eliminado das Taças Uefa e de Portugal, fizeram-me pensar que este ano o Benfica tudo faria para manter o 1º lugar do Campeonato.
O primeiro jogo do ano, no Domingo dia 4, até era contra o último classificado do Campeonato, o Trofense. No entanto, na deslocação à Trofa, e apesar da forte motivação que um 1º lugar deveria dar, apresentou-se em campo uma sombra da equipa do Benfica. Jogadores completamente amorfos, sem qualquer ligação entre si e sem nenhuma capacidade atacante. Resultado ? O óbvio, derrota do Benfica e perda de liderança do Campeonato.
Com a moral completamente de rastos e com os adeptos a contestarem a atitude da equipa, eis que surge a meio da semana, um jogo a contar para outra competição, Taça da Liga, contra a equipa que o ano passado ficou à frente do Benfica, ocupando o segundo lugar do campeonato e indo à Liga dos Campeões da UEFA.
A deslocação foi então a Guimarães e apenas 3 dias depois, os jogadores mostraram uma atitude completamente diferente. Entraram no jogo muito concentrados, com uma forte atitude competitiva e atacante, começando por marcar logo um golo nos primeiros minutos. Durante todo o jogo mantiveram-se unidos e combativos, acabando por marcar mais um golo, vencendo os de Guimarães por 2-0. No final o contentamento era óbvio e ficou o recado para os adeptos; têm de acreditar na equipa pois eles tudo farão para ganhar.
Vem esta história desportiva a propósito do acreditar.
No início do ano, os adeptos acreditavam na equipa, no dia 4 deixaram de acreditar. 3 dias depois voltaram a acreditar, quem sabe até quando.
Julgo que reside aqui um dos principais problemas das equipas, empresas e instituições portuguesas. A falta de regularidade no acreditar. Todos nós em termos pessoais e profissionais temos as nossas crenças. Mas essas crenças devem ser constantes. Como constante deve ser a nossa luta na defesa dessas crenças. Se acreditamos à segunda nos nossos ideais, mas dias depois deixamos de acreditar ou de lutar, estamos a entrar em contradições, enfraquecendo bastante a nossa posição e, pior ainda, fazendo com que os nossos desejos se tornem mais difíceis de concretizar.
A definição clara de objectivos e a luta constante para os alcançar, fazem a diferença entre os vencedores e os perdedores.
Não basta termos desejos que 2009 corra melhor. É necessário que cada um dê o seu contributo, fazendo o que lhe compete e melhorando sempre que possível.
Querermos um Portugal melhor, mas depois deixarmo-nos vencer pelo frio ou pela preguiça, só nos vai fazer ficar mais longe dos nossos objectivos, fazendo com que os objectivos se transformem em sonhos permanentemente adiados.
Qualquer altura é boa para mudar de atitude. Se temos objectivos para 2009, convém lutarmos desde já, definindo bem esses objectivos e acreditando neles de segunda a domingo.
Só assim se concretizarão.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Força de vontade vs vontade de fazer força

O Sociólogo António Barreto e cronista do Jornal Público, manifestou na rubrica com o título sugestivo “ Gostaria”, alguns dos seus desejos para 2009.
Começa por dizer que
“ Não vale a pena ter esperanças desmedidas para 2009. Mas podem formular-se votos modestos.”…acrescentando “Os meus votos são modestos. Não são excessivos, nem irrealistas. Custam pouco dinheiro ou nenhum.”
Os votos que António Barreto expressa são o espelho do que muitos Portugueses anseiam ano após ano: Melhorias nos Sistemas Judiciais e Educativo; Melhor aplicação dos dinheiros públicos, sobretudo quando envolvem projectos de grandes dimensões como os projectos na Área dos Transportes e Comunicações, como são os casos do Novo Aeroporto de Lisboa, do TGV e das novas Auto-Estradas; um olhar mais próximo do Governo em relação às necessidades reais dos cidadãos e das pequenas e médias-empresas, dado os interesses das grandes empresas e instituições, bancárias ou de outros sectores, parecerem contar já com o apoio do Governo.
São legítimos os votos de António Barreto. Todos eles, se concretizados, poderiam trazer uma inversão nas tendências actuais, implicando melhorias significativas para um elevado número de Portugueses. Quanto a não serem excessivos ou irrealistas, as minhas certezas já não são tantas.
Os desejos concretizam-se quando há encontro de vontades. Se só uma das partes tem o desejo ( e nem sequer tem o poder para a concretizar ), dependendo da vontade de terceiros, tornam-se muito difíceis as concretizações desses desejos. Por muito simples e modestos que sejam, por muito pouco ou nenhum dinheiro que necessitem, eles serão sempre e apenas, desejos.
Num cenário de crise mundial, começam a multiplicar-se os apelos para a cooperação.
Um dos argumentos utilizados é o de que a crise é geral, a todos afecta e daí todos termos de unir esforços para a combater.
Estará porventura aqui uma das grandes falsidades que nos querem “impingir”.
A crise não é geral, nem afecta todas as empresas e todos os cidadãos da mesma maneira.
Aqueles que mais sofrem gostariam de contar com apoio e necessitariam de alguma real solidariedade dos que menos ou nada estão a sofrer. Mas se alguém está bem, porque irá prescindir da sua riqueza ou do seu bem-estar para ir em auxílio dos que estão piores e carentes de ajuda? Esse problema não é dos ricos, dos poderosos ou dos que não sendo ricos, estão consideravelmente melhores que uma crescente faixa da população que se vê mergulhada numa crise de dívidas, desemprego e total falta de perspectivas presentes ou futuras.
O que resta então aos que esperam uma melhor actuação dos Governantes e dos Ricos e Poderosos ? Muito pouco, resta-lhes sobretudo contarem consigo próprios, terem a coragem e a ousadia de buscarem nichos de mercados ou oportunidades. Mais do que nunca, as migalhas também são pão. É esse o pão dos mais necessitados, um pão formado de migalhas que terão de ser suficientes para garantir a sua subsistência.
Pouca coisa acontece na vida por desejos unilaterais. Para que as coisas aconteçam é necessário haver força de vontade, mas é ainda mais necessário que (todas) as partes envolvidas tenham vontade de fazer força, o que só acontece quando há benefícios mútuos.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Optimistas Versus Realistas - Portugal 2009

Em todos os principios de ano começa na imprensa o habitual debate que junta a mesa economistas, opinion-makers e politólogos: Devemos ser optimistas ou pessimistas em 2009? qual o cenário previsto para a vida politica e económica portuguesa?

Como português sou acima de tudo um optimista realista. Contudo, já que nestes tempos dificeis apesar de que nunca devemos deixar de acreditar e de estar motivado para a "sobrevivência" que o cenário português não irá ser muito favorável nos próximos anos e talvez estejamos numa fase de renovação e de questionamento do nosso papel como País e aonde queremos estar?

Os tempos das " vacas gordas" terminaram e era nesses tempos que se podia ter arrumado a "casa portuguesa" nas suas diferentes divisões: Saúde, Educação, Sistema Fiscal, Competitividade Empresarial e Qualificação dos Recursos humanos com abertura para fazer face aos desafios da globalização das economias.

Recentemente estive com um amigo meu do tempo do liceu e que mudou de vida e que está a desenvolver a actividade de empresario no Brasil no sector imobiliário e comentou-me o seguinte: Eu parece que ainda estou em 1992 cada vez que venho a Portugal visitar a familia.

Nada muda........e acima de tudo a mentalidade da classe politica que está desacreditada perante o Povo..... os actores são sempre os mesmo na tenda do circo........... Estes factos são reais e talvez sirva para reflexão de todos nós e neste caso é o papel que o FRES tem desempenhado que sensibiliza nós portugueses como um todo: Politicos, empresarios, agentes sociais e cidadãos.

O que é que pretendemos do nosso portugal? Os cidadãos estão despolitizados, deixaram de acreditar nos partidos politicos, estes cada vez mais recrutam por baixo e as próprias elites não são elites mas gente de show off que vive a custa do Estado.

Nesse aspecto portugal nunca mudou. Quem gosta de história sabe que a nossa história foi sempre assim: muita dependencia do estado e muito sebastianismo.............adiar problemas e não sermos práticos na resolução destes.

Não existe uma estratégia nacional acima dos interesses das corporações e é nestas fases dificeis que as elites deviam ter consenso nacional nos grandes temas mas andam a discutir outras questões menores................ De facto vivemos num mundo irreal de País a beira mar plantado e costuma-se dizer em ciencia politica se só conheces a tua realidade nacional julgas que és o maior do mundo.

Mas não há melhores nem piores em termos de classificação de países, mas sim deviamos todos trabalhar para sermos diferentes e construir uma sociedade de bem estar mais igual e que proporcionasse acesso a mais direitos sociais aos cidadãos sem isso não há construção do conceito de cidadania.