Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

sábado, novembro 29, 2008

Nova Iorque – Madrid – Bombaim

São apenas 3 grandes cidades onde terroristas deixaram a sua trágica marca.

Bombaim ( Mumbai ) só hoje vê um dos seus principais símbolos ( o Hotel Taj Mahal ) liberto de terroristas, após 3 dias de enorme tensão, dor e mortes. Mais uma vez temos vidas inocentes, ceifadas por um punhado de indivíduos para quem é indiferente matar uma pessoa, cem pessoas ou mil pessoas. Confesso que esta indiferença perante a vida de outros seres humanos, é algo que me choca profundamente.
Mais uma vez ouvimos a frase de que o terrorismo é um problema global que exige soluções globais. Se há um campo onde não existem soluções globais é no combate ao terrorismo. O terrorismo é silencioso e cobarde. Os serviços de segurança de cada país lutam para travar actos terroristas mas não conseguem impedir todas as tentativas de ataque. Teremos então não soluções globais mas aproximações a soluções globais. E estas são de todo desejáveis. Todos os meios empenhados na luta contra o terrorismo são importantes e têm evitado que as tragédias sejam ainda maiores.
Escrevo estas linhas quando estou a uns dias de viajar para a India, fazendo uma escala precisamente em Bombaim. O Aeroporto de Bombaim encontra-se em alerta máximo devido aos naturais receios de mais ataques terroristas. Não seria então prudente cancelar a viajem? Talvez, mas uma das maiores vitórias do terrorismo é precisamente o de conseguirem espalhar o medo e o pânico na vida de inocentes cidadãos. Por questões ideológicas, sou dos que acreditam que poucas coisas acontecem por acaso. Talvez por isso, julgue que não adianta muito vivermos permanentemente com medo. A todos os que não conseguem vencer esse medo e optariam por cancelar uma viajem nestas circunstâncias, só posso dizer que respeito essa decisão. Ela é tão legítima como a minha de não me deixar vencer pelo medo.
Estarei então 2 semanas em Goa. Os Portugueses estiveram quase 500 anos em Goa, mas pouco conhecem actualmente os Portugueses sobre Goa, o que é uma pena. Goa é um dos destinos turísticos mais apreciados no mundo. Com um clima óptimo ( vou fugir do frio ) e umas praias lindíssimas, óptima comida e um povo acolhedor, tudo é encantador em Goa, que é apenas uma das muitas maravilhas da India.
A India não é só o Taj Mahal, ou os atentados terroristas. É um sub-continente avassalador em termos de riqueza cultural e belezas paisagísticas. Vou em busca desses encantos, triste pelas vidas perdidas em mais um acto da loucura humana, mas certo de que a vida continua, até onde podermos e nos deixarem ir.

sábado, novembro 22, 2008

Subestimar os adversários

O Futebol tem a importância que tem. Para uns é muita, para outros não é nenhuma.

Podemos contudo tirar ilações deste e de outros jogos colectivos ou individuais.
Os jogos colectivos têm o interesse adicional de envolver muitos elementos, colocando o desafio aos líderes dos grupos, de orientar devidamente os seus “soldados” preparando-os devidamente para as “batalhas”.
Esta semana tivemos um encontro não oficial entre as Selecções de Futebol do Brasil e de Portugal.
Curioso é analisar alguns comentários antes e depois do jogo.
Antes do Jogo, as atenções estavam centradas no nosso craque ( Cristiano Ronaldo ) que será provavelmente considerado em breve o melhor jogador do mundo. Com todo o mérito que ele possa ter, julgo que é ainda prematuro considerá-lo o melhor jogador do mundo. Até porque se no Manchester United ( clube inglês onde joga e que fez dele o craque que hoje ele é ) ele tem feito jogos brilhantes, a nível da nossa Selecção pouco ou nada tem feito, não ajudando ainda Portugal a ganhar nenhum troféu.
Antes do jogo com o Brasil, os jogadores portugueses diziam com toda a calma e sobranceira do mundo, que uma vitória sobre o Brasil iria dar motivação para os próximos jogos. Falaram com toda a convicção que ganhar ao Brasil até parecia algo perfeitamente natural. Mas não é. Portugal nunca ganhou um campeonato do mundo. O Brasil já ganhou 4. O Brasil é o maior berço de fantásticos jogadores de futebol. É conhecido pelo país do Samba e do Futebol e os jogadores deles são excepcionais. Os nossos são apenas bons, mas convenceram-se de que são muito bons.
Tão bons que no final das contas sofreram uma humilhante derrota por 6 a 2. Já vejo jogos de futebol há mais de 30 anos e nunca vi a nossa Selecção sofrer tantos golos.
No rescaldo desta derrota, o líder destes meninos-homens ou homens-meninos que se julgam os melhores do mundo, disse que iria tomar medidas para que os atletas saibam “o significado de vestir a camisola da Selecção Portuguesa”.
Não posso deixar de questionar, como é que jogadores profissionais que jogam nos melhores clubes europeus, não conseguem atingir a maturidade suficiente para aprender o que é defender com dignidade as cores de Portugal. Já aqui o disse que gosto de ganhar.
Mas os desafios são para ser encarados com espírito de luta e devemos estar preparados para ganhar ou para perder. Se perdermos devemos encarar com alguma naturalidade pois as razões da derrota podem estar no mérito do nosso oponente. O tal a quem subestimamos e esquecemos que poderia ser forte, tão forte que nos vergou sem apelo nem agravo.
Como em tudo na vida, fica a máxima de que “é errando que se aprende”. Será que os nossos brave-boys estão dispostos a aprender com os seus erros?
Para nosso contentamento era bom que sim, que aprendessem bem e depressa.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Ainda somos pequenos

Há cerca de 2 meses tive a oportunidade de assistir a um Lançamento de um Livro na Livraria Byblos em Lisboa.
Foi um momento emocionante pois conheci um espaço enorme e multi-facetado onde se podia conviver com os livros e a leitura de uma forma única.
O acolhedor auditório onde foi lançado o livro, fez-me pensar em realizar nesse espaço um dos futuros encontros do FRES abertos ao público em geral.
Gostei tanto que fiquei com vontade de lá voltar em breve até que hoje fui surpreendido com a notícia de que a Byblos encerrou. Um ano depois de ter aberto, fecha assim, abruptamente, uma importante livraria, que poderia ser por muitos anos um espaço privilegiado para o contacto com o fascinante mundo dos livros, pois disponibilizava cerca de 150 mil títulos numa área de 3300 metros quadrados.
A Byblos não resistiu à pressão financeira e encerra as portas, tornando mais triste a vida dos amantes da leitura. Localizada nas Amoreiras, a Livraria Byblos foi a primeira livraria inteligente no país, dispondo de um sofisticado sistema de identificação por radiofrequência, único no mundo.
Mas as rápidas e más mudanças que se têm verificado no mundo nos últimos tempos, conseguiram fazer mais uma vítima.
Portugal não tem ainda uma clientela vasta que permita a sobrevivência de um espaço com a dimensão e qualidade que a Byblos apresentava.
Também por isso fico triste e resignado por sentir que ainda somos pequenos.

O silêncio ouve-se quando nos calamos

Porque choram tantas mulheres?
Porque não as escutamos?

Porque muitos homens transformam as suas mulheres no escape para as suas frustrações e tratam-nas com tanta violência que até as matam?
O observatório das Mulheres Assassinadas da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) anunciou esta semana no Porto que o número das vítimas mortais da violência doméstica quase duplicou este ano em relação a 2007, tendo passado de 21 para 40 casos.
Para contrabalançar estes assustadores números, temos a boa notícia de que o Conselho de Ministros aprovou a Proposta de Lei que estabelece o regime jurídico aplicável à prevenção da violência doméstica e à protecção e assistência das suas vítimas.
Tarde demais para muitas mulheres, mas esperemos que a tempo de salvar muitas vidas, o Governo pretende assim reforçar a luta contra a violência doméstica. Teleassistência para vítimas, pulseiras electrónicas e prisão fora do flagrante delito para os agressores, são algumas das mudanças que se pretende introduzir.
Talvez esta nova lei não seja suficiente mas é importante. Como importante seriam campanhas de sensibilização aos homens para que tratem com respeito e dignidade as mulheres.
Enquanto os gritos das mulheres que sofrem, forem gritos surdos que não chegam aos nossos ouvidos, não serão demais as vozes dos que se levantam contra a violência doméstica.
Porque choram tantas mulheres?
Porque não as escutamos?
O silêncio ouve-se quando nos calamos

quarta-feira, novembro 12, 2008

Professores e Sindicatos


Foi de alguma forma impressionante a manifestação pública em protesto de rua, realizada pelos 120 mil professores na passada segunda feira. Esta foi, aliás, de maior expressão que uma outra já ocorrida em Março do corrente ano com 100 mil manifestantes.

Não deixa por isso de ser indispensável questionar as razões e motivações dos professores para a dimensão e tamanha mobilização para estes protestos. Qualquer Governo responsável o faria.

De entre todos os que se manifestaram encontraremos bons e maus professores. Uns verdadeiros profissionais, sérios e exigentes, esforçados e trabalhadores, outros tudo menos tudo isto. Uns aos quais são exigidos mais sacrifícios pelo esforço que terão que desempenhar no cumprimento da sua profissão, outros cujos sacrifícios lhes passam ao lado. Outros tantos que se manifestarão de forma adequada e civilizada, outros que merecerão tudo menos o título de professores.

Porém não deixa de ser igualmente relevante que todo este trabalho resulta da manietação dos Sindicatos. Estes, que têm sido os verdadeiros governantes da educação nos últimos 30 anos. Veja-se por isso o estado da educação.

Não é aceitável que não se queira ser avaliado. Em nenhuma profissão isso acontece. Todos nós no dia-a-dia somos avaliados pelo trabalho que realizamos. Maiores responsabilidades devem ser conferidas aos professores que têm a incumbência de ensinar os nossos filhos.

E pelo que sabemos, os sindicatos não aceitam nem este nem um outro modelo de avaliação. Simplesmente não querem avaliação. O resto é retórica. Todos os modelos até aqui apresentados foram rejeitados. Não se pode pretender que um qualquer sistema de avaliação seja totalmente perfeito. Como qualquer instrumento de trabalho, uma ferramenta de avaliação pode e deve ir sendo melhorada e ajustada à realidade do que está a avaliar. Com a experiência.
Não aceitar isto é fintar a verdade e politizar à volta do tema. O episódio da escola secundária de Fafe é paradigmático. Foi já replicado e reflectido nos alunos a falta de sentido de responsabilidade, seriedade e civismo de muitos professores e sindicalistas.

terça-feira, novembro 11, 2008

Os ovos do nosso descontentamento.

Gosto de ovos estrelados. Gosto de ovos mexidos. Gosto também de uma boa omelete.

O que não gosto certamente é de levar com ovos na cabeça, estejam eles bons ou podres.

Vem esta introdução a propósito da forma como estudantes do aluno secundário de Fafe receberam hoje a Ministra da Educação. São estes sinais de primitivismo que nos entristecem.

Podemos gostar ou não do trabalho dos nossos governantes. Agora o que não podemos nunca é tolerar que eles sejam vítimas de actos de puro vandalismo, por parte de quem não gosta do trabalho do Ministro A ou B.

Nós somos e queremos continuar a ser uma democracia salutar. E em democracia respeita-se sempre os parceiros e os adversários políticos.

Neste caso, são alguns dos nossos jovens que entenderam ser perfeitamente natural agredir a Ministra da Educação e a sua comitiva com o lançamento de ovos.

Desejo sinceramente que estes actos não se repitam e que quem os praticou ou incentivou, tenha consciência da incorrecção das suas atitudes.

A violência não dignifica ninguém, nem prestigia ou legitima nenhuma luta.

Aos alunos que defendem uma boa educação, façam o favor de a por em prática.

domingo, novembro 09, 2008

Can just one man save the world ? No he can´t.

É o homem do momento, talvez seja até eleito o homem do ano.

Barack Hussein Obama II (Honolulu, 4 de agosto de 1961) é um político dos Estados Unidos da América, eleito o 44º presidente de seu país, pelo Partido Democrata.
O mundo inteiro depressa acorreu a aplaudir a sua vitória e a enviar-lhe recados do que espera que seja a sua governação. Pela sua dimensão e importância mundial, Os E.U.A., têm influencia directa e indirecta na maioria dos países do mundo.
Estando o mundo a enfrentar um difícil período em termos económicos e financeiros, muitas esperanças são depositadas em Obama. Todos esperam que ele faça muito pelo mundo. A sua primeira preocupação está centrada nos Americanos, nos que o elegeram, e em todos os outros que também irão julgar o seu trabalho.
Com fortes exigências de todos os lados, Obama vê a fasquia das exigências que lhe são colocadas a elevar-se . Vamos ver se não se eleva a fasquia a um ponto tão alto, que condene à partida todo o trabalho que Obama quer fazer.
Can just one man save the world ? No he can´t.
Talvez por isso o slogan de Obama foi ( inteligentemente ) Yes we can, e não Yes I can.
Obama tem a consciência de que sozinho nada fará. O seu primeiro apelo foi portanto no sentido da união. União de todos os americanos em torno de um projecto tão importante quanto difícil.
O mundo mudou e hoje não basta querer fazer coisas boas. È preciso que muitos factores concorram simultaneamente para que um projecto tenha sucesso. Será necessária a força dos aliados e a fraqueza dos opositores.
Estaremos portanto perante mais um desafio enorme e uma das situações mais importantes será a de testar até que ponto, limitados por uma conjuntura mundial extremamente adversa, até que ponto dizia, pode um homem, ou uma equipa, ou uma nação, mudar o rumo da história.

Trabalho de décadas

Sonda indiana entra em órbita lunar

Em http://noticias.sapo.pt/info/artigo/895176.html

podemos ler a seguinte notícia:

A missão espacial não-tripulada indiana PSLV, com o satélite Chandrayaan-1 a bordo, entrou em órbita lunar depois de uma manobra bem sucedida, anunciou a agência de pesquisa espacial indiana ISRO.

A 385.000 km do globo terrestre, a nave levará uma semana para estabilizar em órbita e quando o fizer, a sonda será enviada para realizar os primeiros testes na superfície da Lua.
Chandrayaan-1 transporta instrumentos científicos indianos, europeus e americanos. Durante dois anos fará experiências na Lua e arredores, como estudos topográficos ou a busca de água, minerais e substâncias químicas.
A Índia tem previstos 60 vôos espaciais até 2013, também à Lua e Marte. A Chandrayaan-1, com um orçamento de 80 milhões de dólares, vai repetir-se em 2010 ou 2012, segundo a agência espacial nacional, que sonha em enviar um indiano ao espaço.

Fim da notícia

Em Dezembro vou à India onde estive há 18 anos, tendo visitado em Banguelore um Centro Tecnológico.

Recordo-me de ter ficado impressionado com o nível de desenvolvimento dos Indianos no campo da Ciência e Tecnologia.

Os anos passaram e confesso que mantive um afastamento em termos de conhecimento relativamente ao Desenvolvimento Tecnológico da India.

Só isso justifica um certo espanto e admiração por ver que o programa espacial indiano é uma realidade inquestionável, como o prova esta “Missão à Lua”.

Este facto fez-me reflectir no que muitos cientistas portugueses já afirmaram.
O trabalho no campo das Ciências e da Tecnologia faz-se não em poucos anos, mas em décadas.
Entendida esta realidade, há que saber ao certo o que se pretende fazer para de seguida efectuar-se o tal planeamento a médio-longo prazo. Este planeamento será então o guia das acções a desenvolver durante anos a fio, com os resultados a advirem, anos ou décadas mais tarde.
Esta visão da necessidade de muitos trabalhos serem contínuos e só produzirem frutos a longo prazo, muitas vezes não é facilmente aceite por nós.
Queremos resultados rápidos. Enquanto assim for, não estaremos talhados para grandes e duradouros projectos, parecendo que estamos mais vocacionados para projectos de mais curta duração. São opções que se tomam.
Os indianos optaram por chegar à Lua. Primeiro com uma sonda e daqui a alguns anos, enviando um Indiano à Lua.
E pelos vistos vão consegui-lo pelo que temos de dar-lhes os parabéns reconhecendo o mérito do seu longo e árduo trabalho.

Queremos ensinar

Continua o diálogo de surdos entre Professores e Ministério da Educação pois os Professores prometem continuar a luta, enquanto o Ministério garante que não suspende o actual modelo de avaliação de desempenho dos professores.

Segundo a organização, o protesto de ontem, convocado por todos os sindicatos do sector, reuniu cerca de 120 mil professores, superando a manifestação de Março, até agora a maior alguma vez realizada em Portugal por uma única classe profissional. Já a PSP recusou adiantar números, alegando não serem possíveis de calcular, "dada a dimensão do protesto".

Apesar da dimensão do protesto, que superou o realizado em Março, a ministra da Educação garantiu, em conferência de imprensa, que o modelo vai continuar a ser aplicado nas escolas, para permitir distinguir e premiar aqueles que são os melhores professores.
São vários os argumentos apresentados pelos professores contra o actual modelo de avaliação. Um deles é o de que alguns professores são nomeados obrigatoriamente para avaliar colegas de outras disciplinas. Nessa avaliação devem verificar se os colegas estão a cumprir com os conteúdos programáticos. Acontece que esses professores não conhecem, porque não é da sua área, os conteúdos programáticos cujo cumprimento estão a avaliar.
Outra das críticas apresentadas é a de que as escolas estão a seguir critérios diferentes para conseguir cumprir com a avaliação de desempenho, o que provoca distorções e injustiças num processo de avaliação que se pretendia justo e universal, no sentido de ser o mesmo para todas as escolas e professores.
É mais um assunto a contribuir para a instabilidade de um sector chave do sucesso ou insucesso de um país. Parece que este assunto é encarado com alguma indiferença mas se mais de 100 mil professores rumam à Capital, manifestando o seu descontentamento e procurando sensibilizar o Governo para alterações que julgam justas, não se pode continuar eternamente a pretender que tudo está bem. Não está bem e quando os professores não estão bem, quem sofre indirectamente são os alunos, os tais que nós queremos e precisamos que tenham uma boa educação.
De todos os cartazes da mega-manifestação um chamou-me particular atenção. Dizia apenas: Queremos ensinar.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Bush o Melhor ou o Pior Presidente?

Os EUA e o resto do Mundo viveram ontem um momento de viragem que muitos classificaram como histórico. Não só pela participação massiva da população americana nas eleições presidenciais, pelo entusiasmo e esperança que um novo presidente trouxesse aos EUA um novo período de paz, maior bem estar e prosperidade, pela participação como nunca dos jovens num acto eleitoral desta envergadura mas sobretudo pela eleição de um presidente negro afro-americano, passados que foram pouco mais de 100 anos desde a abolição da escravatura.

Creio que tudo isto terá sido possível, muito por causa e devido à actuação de… George W. Bush. Não ainda de Barack Obama.

Ao longo dos últimos 8 anos, o actual e ainda presidente George W. Bush, terá sido o causador e fomentador desta união entre o povo americano. Reconciliado com si mesmo. Entre democratas e muitos (muitos) republicanos. É Bush quem fomenta a necessidade dos jovens virem para a rua e manifestarem as suas preocupações quando ao seu futuro. De brancos e negros se unirem em luta contra a guerra. De todos se mostrarem angustiados e oprimidos pela crise financeira (e consequentemente económica) que os assola e que nos EUA (e que por efeito de contágio no resto do mundo) se faz sentir afectando as suas vidas.

A Bush se deve em parte esta união, esta vaga de esperança, este momento de viragem e este acontecimento de natureza histórica que já comoveu e emocionou até muitos líderes mundiais. Não pelas boas razões. Não pelas melhores razões. Mas pelas piores razões. Porque foi muito mau. Tudo demasiado mau. Os EUA e o Mundo perderam pelo menos 8 anos da sua história. Todos nós perdemos de alguma forma 8 anos das nossas vidas em custo de bem estar e estabilidade, no caminho da paz e prosperidade. Quanto aos EUA arriscaria mesmo a afirmar que terão sido muito mais que 8 anos. Pela perda de credibilidade face ao resto do mundo. No momento em que escrevo estas linhas, uma nova equipa de administradores, políticos, conselheiros etc. está a ser preparada. Curiosamente, muitos da era William Jefferson Clinton.

De há 8 anos atrás! Porque será?...

Change. Yes we can.

domingo, novembro 02, 2008





Luís Figo foi figura central da campanha do BPN, cujo mote era : «Se este fosse o meu negócio, eu apostava na Conta BPN Negócios».
Objectivo foi; transferir para o mundo dos negócios a imagem de «eficiência» do jogador.
Pois é, num país em que quase tudo gira em torno do futebol, vimos agora TODOS nós, “cobrir “ a gestão danosa do banco, ou diria a “eficiência “ dos jogadores/gestores ?


Cold November Rain

Entramos em Novembro e já há neve na Serra da Estrela. Sinal da aproximação do Inverno é-nos dada pela Cold November Rain.
O nosso blog entra no seu terceiro ano de vida, estando pois de parabéns.
Numa altura em que a net faz parte de um cada vez maior número de pessoas, em Portugal e em todo o mundo, parte das nossas ideias e propostas têm sido expostas e apresentadas aqui no blog.
Os blogs são, como o nosso colega Mário de Jesus nos indica, um óptimo espaço para a comunicação e partilha de opiniões; para um debate que se pretende sempre vivo e esclarecedor das questões em análise.
Sem estarmos obcecados em ser os melhores, temos tido o mérito de trazer ao blog temas das mais diversas áreas, alcançando o desejo de cobrir tão amplamente quanto possível, questões de natureza económica e social, relevantes para o mundo em geral e para os portugueses em particular.
Como queremos continuar a marcar a diferença, apresentando temas, discursos e propostas inovadoras e positivas, todos os contributos têm sido registados com muito agrado.
O que lemos, neste e em qualquer blog ( se tiver qualidade e relevância ) é integrado no nosso referencial de valores e indirectamente transportado para as nossas vidas pessoais e profissionais. Aqui queremos agradecer a todos os que têm comentado os artigos colocados no blog.
Agradecemos em especial aos visitantes anónimos. Os seus contributos têm sido bastante importante, para contrapor as ideias que expomos e acrescentar ideias novas que todos nós assimilamos com gosto e entusiasmo.
O “nosso” blog é nosso, mas é também de todos os que nele encontrarem artigos e ideias interessantes. A todos relembramos que o Fres não se esgota no blog. É um movimento cívico que se deseja com importância crescente e sempre aberto a novos participantes. Fica também aqui o apelo de que quem quiser contribuir pontualmente ou regularmente, pode fazê-lo.
No nosso blog preza-se a liberdade de expressão, mas com a regra de prezarmos o respeito pela liberdade dos outros. Os outros, são todos os cidadãos que motivam a nossa escrita, o nosso diálogo, a nossa luta por um Portugal melhor para todos nós.