Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

domingo, setembro 21, 2008

Energia das Ondas

O primeiro parque mundial de aproveitamento da energia das ondas vai ser inaugurado terça-feira ao largo da Póvoa de Varzim, na costa norte portuguesa, num investimento global superior a 8,5 milhões de euros.

Alguns ( ainda poucos ) pormenores podem ser lidos em

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/a7dfe7c1f4706b1f8a3a8d.html

É mais um dos passos na aposta nas energias renováveis.

É certo que se trata apenas de mais um pequeno passo na redução da dependência das energias não renováveis. Mas parafraseando Madre Teresa de Calcutá, relembro que “ Tudo o que fazemos, são apenas gotas no oceano, mas se não o fizermos, essas gotas irão perder-se para sempre. “

Trata-se de uma aposta há muito falada e Portugal surge na dianteira deste projecto que, também por isso, será acompanhado com natural interesse.

Relança também a questão da importância das energias renováveis, que são geralmente aceites como uma aposta válida.

O que já não é tão pacífico é saber quais as energias renováveis é que são realmente vantajosas, atendendo a critérios que analisam o que se obtém em termos quantitativos, e quais os custos directos e indirectos da sua obtenção. É aqui que as coisas já não são tão pacíficas, pois muitos defendem que os custos são demasiados altos e não justificam a aposta nestas energias.

Por mim gostava de ter acesso a um estudo com alguma profundidade, que reflectisse em termos globais do planeta e em termos locais de cada região, o que realmente pode e deve ser feito a nível das diferentes energias renováveis, e que conduza a um aproveitamento salutar e equilibrado em termos mundiais, destas mesmas energias renováveis.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro Octávio,

Nos dias de hoje recomendo-te vivamente que pesquises na internet em torno das palavras chave "Energias renováveis", "eficiência energética" ou outras similares. Dar-te-ão muitas e boas informações sobre o assunto. Regra muito geral as informações na net são fiáveis, razão pela qual não recomendo nenhuma em particular. Faço regularmente pesquisa sobre esta temática, já à vinte anos (actualmente quase exclusivamente na net).

É um factor chave nos aspectos económico-financeiros de crescimento/estagnação/recessões de várias economias a nível global.

Em termos profissionais, entre outras coisas, fiz alguns trabalhos na indústria nacional com reduções de consumos que chegaram a 60% (impressionante a quantidade de energia que se gastava desnecessáriamente!).

Por exemplo, as politicas e respectivas medidas energéticas adoptadas pelo Brasil foram um dos seus principais factores de arranque do desenvolvimento!

O mais estranho de tudo é que só recentemente identifiquei em Portugal este tipo de procupação e só muito raramente lhe davam algum valor.

Actualmente, o diferencial de valor das energias renováveis <> fosseís, centra-se no seguinte aspecto: as primeiras já existiam antes de existir o Homem e criaram-no, as segundas foram exploradas e desenvolvidas pelo Homem e destroem o seu habitat natural. A maior imprevisibilidade sobre o assunto está na evolução do preço e prejuízos ambientais das energias fosseís, sobre isto ninguém te dará previsões fiáveis, nem a um prazo de 2 anos (mesmo que não haja mais nenhuma guerra em torno deste assunto, tema duvidoso).

Abraço,
Nuno Maia

Anónimo disse...

Quanto ao detalhe importantissímo de sermos pioneiros nesta aventura, desejo que essa posição se mantenha para sempre!

Apesar de ter mais de 20 anos de estudos científicos, trata-se efectivamente de uma aventura, mas é daquelas que eu apoio a 100%, por todas as suas caracteristicas de elevada capacidadde e inovação científica aliada à tradição Portuguesa (77% da População a menos de 50Km da costa, o 1º povo a circunavegavar o planeta). Faz-me recordar os livros da História Nacional.

Temos alternativas à energia das ondas, mas não devemos deixar de tentar explorar esta fonte de energia até ao seu ponto de máximo rendimento, dado que é 100% renovável.

Abraço,
Nuno Maia

Mário de Jesus disse...

Estimados fresianos

Gosto do tema. Aconselho a leitura de dois livros: O Sétimo Selo e Petróleo - Qual crise?.

Este é um tema que dará "pano para mangas". Concordo com tudo o que foi dito. Portugal é já pioneiro e o 1º na Europa na produção de energia eólica! Fico espantado mas é verdade. Poucos são os países com o nosso potencial na energia das ondas - não é à toa que este protótipo é cá testado. Somos o país da Europa com maior nº de horas de sol por ano - energia solar...etc.

Acredito (já o escrevi) que o Governo tem apostado certo e está no bom caminho. Ao longo destes 3 a 4 anos muitíssimo se fez neste campo.

Não há alternativa às energias alternativas. Até 2030 há compromissos assumidos mundialmente para o incremento e utilização das energias renováveis até um nível de 30% ou mais.

Petróleo é sabido, tem reservas não mais do que 60 a 70 anos mas apenas entre os países da OPEP e depois ...finito.

Aguardo-me para novos debates sobre este tema.

Abraços