Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

domingo, agosto 31, 2008

Trabalho em equipa

Já está escolhido e oficialmente anunciado o nome de Mário Mendes como o homem que irá estrear o cargo de Secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, ficando portanto a seu cargo, a coordenação de todas as polícias portuguesas.

A criação deste cargo já designado de “super-polícia”, terá certamente vantagens e desvantagens derivadas da concentração numa só pessoa, de um conjunto de poderes e obrigações bastante elevado.
Porque ter poderes não significa fazer tudo sozinho, muito do sucesso do seu trabalho terá de advir da capacidade de trabalho em equipa.
Este é um dos factores críticos de sucesso, mas que é esquecido muitas vezes em áreas tão diversas como a saúde, a educação, os transportes e tantas outras.
Não basta termos pessoas capazes nas diferentes áreas. È necessário dotá-las de meios minimamente suficientes para que executem o seu trabalho e é necessário que as pessoas oiçam os outros e se façam ouvir.
De que me serve ter uma informação chave ou conhecimento importante se não for capaz de partilhá-lo ?
Não devemos viver sob o medo de sermos ultrapassados pelos outros pelo simples facto de partilharmos informação. As capacidades de trabalho de cada um não começam nem acabam nas informações que detemos.
Devemos portanto manter um espírito aberto em que a nossa valia profissional é conjugada com a valia profissional dos que connosco interagem.
Temos de incentivar as rotinas de trabalho em equipa.
Com as competências e autoridades devidamente definidas, fica mais fácil cada um dar o máximo naquilo que pode e deve fazer bem. Só assim se pode realizar obra.
E o país está carente de obras, em todos os sentidos. Obras de Construção que não têm necessariamente que ser projectos megalómanos e obras no sentido de realização de múltiplas tarefas que permitirão que o país como um todo, caminhe no sentido do desejado e necessário progresso.

sexta-feira, agosto 22, 2008

In ( Segurança )

Quando a maioria dos portugueses se aproxima do fim das férias e do regresso às rotinas normais de casa, trabalho e escola, o país vê-se a braços com uma invulgar onda de assaltos.
Os assaltos são generalizados, de norte a sul do país, variam de pequenos a grandes furtos e têm aumentado na violência que acompanha cada assalto.
Se os assaltos que são notícia nos jornais e televisões fossem os únicos, já as coisas não andavam muito bem.
O pior é que eles estão longe de ser únicos. Não dispomos de dados concretos mas a chamada sensação de insegurança passou a ser cada vez mais real em quase todos os distritos do país.
Ao escrever estas linhas, penso em duas situações concretas:
1º Os 2 assaltos que ocorreram hoje no meu bairro, onde um grupo de assaltantes atacou com toda a tranquilidade e na mesma tarde, uma farmácia e um supermercado do bairro. Assaltos à mão armada, com roubo não apenas do dinheiro mas das próprias máquinas registadoras, em plena luz do dia e com o terror provocado nos empregados dos referidos estabelecimentos.
2º Sua Excelência o Sr. Ministro da Administração Interna, questionado no telejornal da sic sobre o combate a esta onda de criminalidade, disse que o seu antecessor e ele próprio tomaram as medidas adequadas para dentro de um a dois anos, termos uma polícia com mais condições reais para fazer face a estas situações. Gostava de ficar mais tranquilo com o que o nosso governo está a fazer em matéria de segurança ( um dos principais bens a preservar, incluindo as vidas humanas ) mas, a avaliar pela distante serenidade com que o Ministro respondia às perguntas sobre a onda de criminalidade actual, e a avaliar pela sua quase exclusiva preocupação com a tomada de posição de um partido da oposição, fiquei com a sensação de que mais uma vez os nossos governantes estão distanciando-se da realidade vivida e sofrida na pele pelo número crescente de pessoas que vivem o drama de serem assaltadas.
Espero estar a fazer uma avaliação errada, mas julgo que a criminalidade, a posse e venda de armas ilegais, a situação económica cada vez mais difícil que o país atravessa, são vectores que o governo deseja controlar mas, está longe de o fazer, o que não augura nada de bom para os próximos tempos.
Não sei se estarei a exagerar ao pensar que a insegurança crescente vivida nas lojas, nos bancos, nos postos de combustíveis e até nos próprios carros no caso das vítimas de carjacking, faz-nos aproximar perigosamente de padrões típicos de insegurança até agora característicos em países como o Brasil.
O nosso Portugal, país calmo e tranquilo, de bons e brandos costumes, à beira-mar plantado, pode estar a assistir a um forte e crescente ataque ao nosso espírito pacifista.
Temos todos um desafio adicional de pensar como podemos ajudar as forças de segurança do nosso país a combater este “monstro” perigoso que é o crescente número de assaltantes e assaltos.
Não somos nem queremos ser super-heróis, mas a nossa polícia não me parece capaz de sozinha, fazer frente a esta situação.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Sorrisos de Pequim

"É bom poder dar esta alegria aos portugueses", foi com esta frase e com a bandeira portuguesa aos ombros que Nélson Évora, o quarto português a conquistar uma medalha de ouro olímpica, saiu hoje da pista de Pequim, tendo acabado de vencer a prova do triplo salto.
Quase ao cair do pano, eis que surge finalmente o ouro para Portugal.
Dias antes já a bandeira portuguesa tinha sido vista, graças à medalha de prata de Vanessa Fernandes no triatlo.
Mas guardada estava a melhor surpresa que nos podiam oferecer: o orgulho de vermos a bandeira subir até ao lugar mais alto, acompanhada finalmente pelo Hino Nacional que vai ser ouvido pela primeira e, provavelmente, última vez, nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Apesar de uma participação na generalidade fraca em termos de resultados, Portugal acaba com a Prata de Vanessa e o Ouro de Nelson, por ter a melhor participação de sempre em termos de medalhas olímpicas.
Sem esquecer que há muitas ilações a retirar dos aspectos positivos e negativos desta participação, temos finalmente sorrisos em Pequim.

terça-feira, agosto 12, 2008

Lágrimas de Pequim

Depois de uma surpreendente e maravilhosa cerimónia de abertura, começaram os Jogos Olímpicos de Pequim 2008.
Mais uma vez estão reunidos atletas de todo o mundo que competindo em variadas modalidades sonham em honrar os seus países com boas prestações e as almejadas medalhas.
Sonhar com medalhas é bom, mas não deveríamos estar obcecados ou cegos por esse sonho.
Competir significa esgrimir argumentos com outros atletas que têm os mesmos sonhos, as mesmas ambições.
Talvez os atletas portugueses tenham colocado a fasquia demasiado alta.
Ainda não se iniciaram as provas de atletismo, e em algumas das outras modalidades, como o judo, a natação, as provas de tiro e esgrima, muitos foram os atletas lusos que sonhavam com melhores prestações e até mesmo, em trazer o ouro para Portugal.
Infelizmente a realidade é bem diferente e à excepção de recordes nacionais ou melhores marcas pessoais do ano, quase tudo o que trouxemos até agora resume-se a lágrimas de amargura e grande desilusão.
Para os atletas que mais sonharam e mais desilusões sofreram, fica a Lição de que competir não significa sempre ganhar. Para ganhar, é necessário competir ao melhor nível e superar outros atletas que têm os mesmos objectivos.
No atletismo residem agora as principais esperanças de ver a bandeira Portuguesa hasteada e de ouvir o Hino Nacional.
Nessa prova e noutras em que ainda participamos, como as provas de vela e remo, aqui ficam os votos de sucesso aos nossos atletas.
Que saibam competir bem e saibam ganhar ou perder.

quinta-feira, agosto 07, 2008

A Gosto

Ao fim da primeira semana de Agosto sente-se que o País “ foi a banhos “.

Restaurantes, Lojas, Cafés e muitos serviços encerram neste mês, proporcionando aos seus donos e empregados um merecido repouso.
Para quem não gostar muito de Praia, o País continua a apresentar de norte a sul, uma oferta alargada que cobre quase todos os gostos.
Em tempo de repouso, temos mais tempo para apreciar como cada canto do nosso país, se esforça para oferecer a quem o visita, o que de melhor possuem.
Também nos apercebemos que o turismo já não é sol e praia.
Da Gastronomia aos Produtos Artesanais, viajando pela história e cultura de cada local, muito se tem feito para o desenvolvimento sócio-económico de regiões menos favorecidas.
Cada região apresenta o que tem de melhor e muitas acabam por se destacar pela qualidade da sua oferta, ficando conhecidas nacional e internacionalmente, por um determinado acontecimento relevante.
Tendo o nosso país, séculos de história, aqui fica o convite a quem estiver desocupado nestes dias, a visitar Santa Maria da Feira.
Ano após ano, a sua Feira Medieval tem crescido em participantes e qualidade.
Alguma informação pode ser vista em
http://www.viagemmedieval.com/index2.php
Continuação de votos de boas férias para quem está de férias e bom trabalho para quem ainda não foi ou já voltou.