Fórum de Reflexão Económica e Social

«Se não interviermos e desistirmos, falhamos»

quinta-feira, setembro 06, 2007

Educar tem de voltar a estar na moda

A propósito da consideração da nossa colega Estela sobre as Ideologias parecerem estar fora de moda, apercebi-me do tremendo impacto que as modas exercem sobre as nossas acções e pretensões.

As televisões nacionais decidiram há vários anos, colocar no dito horário nobre diário, um inesgotável rol de telenovelas e reality shows. Nas horas a que a maioria dos cidadãos conseguem estar em frente do pequeno ecrán, os programas educativos tornaram-se um oásis. Educar deixou de estar na moda.

Ultrapassando os limites da educação escolar e considerando a educação no sentido lato ou seja, o somatório das várias vertentes da educação que devem acompanhar a nossa vida, a maioria de nós reconhecerá que a educação é o pilar do desenvolvimento de cada ser humano e da relação que estabelece com o meio envolvente.

Muitas das nossas acções e pretensões esbarram numa tremenda falta de cultura educacional que testemunhamos nos dias de hoje. Massacrados por uma longa “campanha de desinformação”, cada vez temos mais dificuldades em que os outros escutem e reflictam sobre as ideias que lançamos.

Para um maior sucesso das muitas propostas que iremos continuar a fazer, seria também muito importante que a educação voltasse a estar na moda.

2 comentários:

Mário de Jesus disse...

Prezado Otávio

Excelente reflexão e clarividência. Não podia estar mais de acordo. De facto talvez fosse melhor de alguma forma reforçar algumas ideologias (adaptadas é certo à realidade do mundo em que vivemos - sempre seria um guião para certos valores e princípios) e enfraquecer as modas - verdadeiros gadgets de um certo modo de viver. De facto, apesar de tanto se falar de educação, cada vez mais temos a sensação que esta nos falta. É que há um determinado tipo de conhecimentos que muitos têm mas que não é sinónimo de uma verdadeira educação (por exemplo cívica).

Um abraço

Anónimo disse...

Excelente diagnóstico Octávio,

apontaste o dedo á nossa maior ferida

Um abraço